sábado, 25 de fevereiro de 2012

Victor elege 5 melhores defesas no GloboEsporte.com

Com mais de 200 jogos pelo Grêmio e dezenas de participações na Seleção, Victor se viu numa encrenca do tamanho de um chute à queima-roupa ao atender o pedido do GLOBOESPORTE.COM e reduzir a cinco opções sua lista de grandes defesas. Para a sua "sorte", a última intervenção milagrosa, no final do Gre-Nal de quarta e que motivou a criação da lista, não está na contagem. No puro reflexo, aos 41 minutos, o goleiro evitou o gol de empate de Leandro Damião e, de quebra, despachou as críticas que o apontavam como um jogador sem brilho em clássicos.
Ao receber a missão na tarde de sexta-feira, antes do treino da equipe de Vanderlei Luxemburgo, Victor se lembrou prontamente de uma defesa pouco comum para um goleiro. No Brasileirão de 2008, jogou-se à bola com o pé para segurar o 1 a 1 com o Santos na Vila. Aliás, o time de Neymar também é protagonista em outro momento relevante do gremista aqui revisitado.
- Escolher cinco defesas não foi uma tarefa fácil. Precisei fazer um exercício de memória, porque são quatro anos de Grêmio - explica, atencioso. - Fiz essa seleção pelo grau de dificuldade, tentando retratar um pouco as durezas que os goleiros passam. Com certeza, outros lances poderiam ter entrado nessa lista. Bom, aí vai o meu Top 5 para a galera do Globoesporte.com:


Bahia 1x2 Grêmio - 2011: no minuto final
"Vivíamos um momento de instabilidade no Campeonato Brasileiro e precisávamos da vitória. A cabeçada foi à queima roupa e no minuto final da partida. Defesas no contra-pé, como costumamos chamar, são sempre difíceis. Eu estava indo para o canto direito e a cabeçada veio no meu lado esquerdo. Mesmo assim, consegui saltar e espalmar. Essa foi difícil pela execução."

Santos 1x1 Grêmio - 2008 : 'no improviso'
"Essa foi a defesa do improviso, porque é o tipo de situação que não tem como você treinar ou prever. Tem que estar com boa elasticidade e velocidade de reação. Eu não conseguiria defender se fosse com a mão. A cabeçada até não foi forte, mas o lance estava de um lado e mudou para o outro muito rápido. Só deu tempo de esticar a perna. Ainda bati com a canela na trave, mas levantei rápido porque a bola estava em jogo. Minha estatura foi importante, tenho 1m94cm. Dizem que o goleiro não pode ter braço curto. Nesse caso, foi a perna comprida que me ajudou (risos)."

Grêmio 1x0 Novo Hamburgo - 2010: desvio traidor
"Ah, o desvio. Isso nos trai muito, porque você prepara todos os movimentos para uma ação e, no meio do caminho, tem que reordenar os movimentos. Nesse caso (na final do primeiro turno do Gauchão), o chute veio com força, de fora da área. Eu estava na passada lateral para encaixar um chute rasante, mas a partir do toque no nosso zagueiro, precisei interromper o movimento para afastar de qualquer jeito. Deu certo!"

Grêmio 1x2 Santos - 2010: Neymar foi a vítima
"Foi cobrado como manda a cartilha: rasteiro e forte. Tive a felicidade de interpretar corretamente os movimentos do Neymar e saltar no momento certo. Estudo os batedores, onde gostam de colocar a bola, como e quando converteram suas últimas cobranças. O CDD do clube (Centro de Dados Digitais) é fundamental na pesquisa. O resto é na hora. A passada e a maneira como o adversário enquadra o corpo ajudam na hora de decidir em qual canto vou saltar."

Brasil 0x1 Argentina - 2011: defesa dupla valeu por mil
"Sei que estava impedido, mas isso não interferiu em nada no desfecho da jogada, porque o argentino fez de tudo para marcar o gol e eu fiz de tudo para evitar que isso acontecesse. Nem tive tempo de levantar depois de espalmar a cabeçada. A primeira defesa foi de posicionamento, a segunda de reflexo puro. A sequência por si só seria suficiente para ficar na lembrança, ainda mais se tratando de um clássico desse nível, um dos maiores do futebol mundial."

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